
Um território dilata-se, expande-se e contrai-se a medida que seus contornos vão se esboçando. Estes contornos fluidos são relativos à determinada tomada de posição, tanto do ponto de vista geográfico, como social, cultural, estético, cognitivo. Então, é como se virtualmente pudéssemos conectar qualquer estrato operante no mundo a outro e definir um novo contorno e, portanto, um novo território. Neste vai e vem de contornos, ousamos envolver num mesmo território, que se efetiva enquanto virtualidade, pesquisadores e artistas articulados entre si por investigarem questões acerca do corpo e da dança, desenhando-se, portanto, neste processo de criação do projeto entreterritório, o território- dança. É importante, esclarecer que não se demarca o território dança, na perspectiva de uma totalidade, mas de um território conectado a infinitos ‘outros’ territórios- dança, basta que os contornemos por outros pontos de vista. Propõe-se, nesta perspectiva, o território –dança, em que se conjugam Marila, Olive, Otto, Tom, Amabilis e Carolina, não enquanto instâncias individuadas, mas enquanto linhas de segmentaridade, donde um se encontra no outro, Marila em Olive, Otto em Tom, enfim uma infinidade de conexões possíveis, evocadas pelas construções/ sedimentações que cada linha de segmentaridade já atravessou. Seria interessante aprofundar nestas conexões e não nas instâncias individuadas, como por exemplo, como se processaram estes encontros, o que atravessou um na vivência do outro e como a dança se insere neste emaranhado de encontros, afinidades, paixões.
::Por Cacá Fonseca::
Fotografia: Cacá Fonseca

Fotografia: Cacá Fonseca

Fotografia: Amabilis de Jesus

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